Apresentado neste domingo, dia 8, em São João do Polêsine, o Positio, livro que será enviado ao Vaticano e que documenta a história de vida do diácono João Luiz Pozzobon, dentro do processo de beatificação do Servo de Deus. Solenidade contou com a presença de Humberto e Pedrolina, filhos do diácono.
Em ato realizado durante a celebração religiosa na comunidade de Ribeirão, na Casa Museu João Luiz Pozzobon, local de nascimento do diácono, a publicação foi apresentada pelo padre Vitor Possetti. “É um documento que não pode ser lido por ninguém, é um documento sigiloso, que será lido lá no Vaticano por que resume, tem os testemunhos de muitas pessoas. A gente está muito feliz com esse passo que foi dado”, explicou o padre em entrevista à Rádio Integração.
Positio é um texto que documenta a vida de uma pessoa e é estudado durante o processo de beatificação na Igreja Católica. Ele é analisado por uma comissão de teólogos, bispos e cardeais e, por fim, pelo Papa Francisco que decide por decreto se a pessoa pode ser declarada “Venerável”. O processo de beatificação é uma das etapas para que uma pessoa seja reconhecida como santa pela Igreja Católica. A beatificação é a terceira etapa e a canonização a última.
Apesar do avanço do processo, não há uma data definida para a divulgação do decreto, pois documentos complementares poderão ser solicitados. Mesmo assim, a expectativa pela beatificação é notória nos devotos do diácono. “A gente acredita que poderia ser decretado em um, dois, três anos; mas a gente não sabe. Não dá para ter certeza, mas nós estamos confiantes disso e rezando por isso. Se for da vontade de Deus, assim será”, declarou o padre Possetti.
O processo de canonização foi aberto em 1994 na Arquidicese de Santa Maria. Em 2009, a fase diocesana foi concluída e o caso foi enviado à Congregação para as Causas dos Santos, em Roma, na Itália.
João Luiz Pozzobon nasceu de uma família de imigrantes italianos no dia 12 de dezembro de 1904, em Ribeirão, São João do Polêsine. A morte do diácono ocorreu no dia 27 de junho de 1985, vítima de um atropelamento em Santa Maria, quando se dirigia para assistir a missa no Santuário de Schoenstatt.
Entre seus diversos feitos religiosos e de devoção, está a Campanha da Mãe Peregrina, quando ele percorreu cerca de 140 mil quilômetros com a imagem da Mãe Três Vezes Admirável nos ombros em seus quase 40 anos de apostolado.