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Entidades assinam protocolo com duas empresas fumageiras

A terceira rodada de negociação do preço do tabaco para a safra 2018/2019, realizada hoje (7 de março), na sede da Farsul, em Porto Alegre/RS, resultou na assinatura de protocolo com duas empresas fumageiras: a JTI e a Souza Cruz.

Com a JTI, a Comissão assinou o protocolo com um reajuste médio de 4,5%. No protocolo, ficou acordado que a tabela de preços da safra 2018/2019 servirá de base para o início da negociação de preços para a safra 2019/2020.

A Souza Cruz, que na reunião de janeiro havia ofertado um reajuste de 3,08%, aumentou esta oferta para 3,5%. A Comissão assinou o protocolo com a empresa, mantendo a cláusula de que esta também será a base para o início de negociação para a próxima safra.

Com a Philip Morris, a Comissão não firmou acordo para esta safra, por diferenças no cálculo do custo da mão de obra do produtor de tabaco e no percentual de aumento proposto, que ficou muito aquém da lucratividade necessária para o produtor. A questão da diferença no valor da mão de obra voltará a ser debatida em reunião da Foniagro (Fórum Nacional de Integração do Tabaco), aprovado de acordo com a Lei 13.288/2016 (Lei da Integração).

Das sete entidades, a Fetag foi contrária às assinaturas, pois discorda dos reajustes propostos pelas empresas.

A Comissão de Representação dos Produtores de Tabaco é formada pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), e pelas Federações dos Sindicatos Rurais (Farsul, Faesc e Faep) e Federações dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep).

PARA RELEMBRAR – A primeira rodada de negociação do preço do tabaco para a safra 2018/2019 ocorreu nos dias 05 e 06 de dezembro, na sede da Fetaesc, em São José/SC. Na ocasião, não houve acordo entre as partes, pois as propostas de reajuste no preço foram aquém do que as entidades entendem como necessário para uma lucratividade satisfatória para o produtor. A segunda rodada de negociação ocorreu nos dias 16 e 17 de janeiro, na sede da Fetag, em Porto Alegre/RS, e resultou na suspensão das negociações. A decisão foi tomada pelas entidades, pois as propostas apresentadas pelas empresas ficaram abaixo da variação do custo de produção apurado tanto pelas empresas como pelas entidades para cada empresa, com exceção de duas empresas: uma, que apresentou proposta de reajuste com percentual acima da variação do custo de produção, mas um reajuste não linear; e a outra, apresentou proposta de reajuste acima do custo de produção próprio, porém, abaixo do custo apurado pelas entidades.

Fonte: Afubra

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