Dentro da programação de aniversário da Rádio Integração e da abertura do Natal em Canto, Restinga Sêca recebe neste domingo, dia 2, a partir das 18h, na antiga estação Férrea, a exposição das obras do restinguense Iberê Camargo.
A exposição “Iberê Camargo – 104 anos Restinga sêca”, sob coordenação de Thaís Danzmann Chaves, produtora cultural, tem como objetivo preservar o acervo, promover o interesse, o estudo e a divulgação da obra do artista e estimular a interação de seus públicos com a arte, a cultura e a educação. Também a preocupação em impulsionar processos que gerem e multipliquem conhecimento no campo das artes.
A intenção é buscar ativar, no cotidiano das pessoas, a capacidade crítica e a criatividade do cidadão por meio do contato com a obra de arte e a sua compreensão, além de mostrar que as obras de uma exposição não são somente coisas das quais “se gosta” ou “observa-se”, mas que são o resultado de um processo, à maneira de Iberê, que se dizia ser ainda “um homem a caminho”.
A exposição apresentará obras originais do artista, de propriedade de acervos particulares como desenho à esferográfica Memórias dos Carretéis e Idiotas, 1991; Gravura água – tinta (processo do açúcar) Núcleo em Expansão, 1963, entre outras produções significativas na trajetória do pintor restinguense. Também vai ser possível conferir o documentário “Magma”, que relaciona os elementos da infância de Iberê que estão presentes em suas obras, como os ciclistas, os carretéis e o trem.
A Estação Férrea, o Buraco Fundo, e o cruzamento da linha férrea no Rincão dos Baldiserras serviram de locação para as dramatizações. Amigos do artista plástico como o músico Protógenes Mello deram depoimentos sobre sua história. O documentário foi encomendado pela Fundação Iberê Camargo e sua primeira apresentação se deu na exposição comemorativa aos 100 anos do artista, em novembro de 2014.
Para finalizar, a exposição vai apresentar um carinhoso, transparente e inédito depoimento do artista plástico, coordenador do ateliê de gravuras da Fundação Iberê Camargo, Eduardo Haesbaert, que começou a trabalhar aos 20 anos de idade ao lado de Iberê, onde permaneceu até o falecimento do artista em 2014.
Por Thaís Danzmann Chaves