A sessão do júri popular realizada no dia 24 de novembro no Fórum da Comarca de Restinga Sêca julgou culpados os réus, Jorge Lopes Linhares e Vitor Gilmar Lopes da Silva.
Após mais de 15 horas de julgamento, os irmãos foram condenados pelo triplo homicídio de Drieli Ramos Rodrigues, Maikel Lima Dias e Cláudio de Abreu Ribeiro e também pela tentativa de homicídio de Deniker Dutra Alves. O fato ocorreu em setembro de 2018, na Rua Moisés Cantarelli, em frente a Prefeitura de Restinga Sêca.
Jorge Lopes foi condenado a 51 anos de reclusão e Vitor Gimar a 48 anos e quatro meses.
Os trabalhos foram presididos pela juíza de direito da comarca de Restinga Sêca, Juliana Tronco Cardoso. Atuou na acusação o promotor de Justiça, Claudio Estivaletti Junior. E a defesa esteve a cargo dos advogados, Leonardo Santiago e Henrique Soares Torres, e da Defensoria Pública.
Devido a pandemia do coronavírus e seguindo os protocolos de segurança e distanciamento social não houve presença de público na sessão.
RELEMBRE O CRIME
O crime ocorreu por volta das 22h30min do sábado, dia 29 de setembro de 2018, dentro de uma residência localizada na Rua Moisés Cantarelli, quando foram mortos por disparo de arma de fogo Driele Ramos Rodrigues, de 23 anos, Maikel Lima Dias, 33 anos, e Cláudio de Abreu Ribeiro, de 46 anos. Logo após os assassinatos, a polícia prendeu Vítor Gilmar Lopes da Silva, de 24 anos, e Jorge Gilberto Lopes Linhares, de 38 anos, apontados como os suspeitos de terem praticado o crime. A localização dos supostos autores foi informada por meio de denúncia anônima.
Segundo a delegada de Polícia de Restinga Sêca, Elizabete Shimomura, as vítimas foram mortas com diversos disparos de arma de fogo. Até o momento a investigação apurou que foram localizadas 17 cápsulas, possivelmente de uma pistola 380. Cláudio, morador da residência, foi o mais atingido pelos tiros. Uma quarta vítima, Deniker Dutra Alves, de 19 anos, recebeu dois disparos, acertando a mão e perna. Ele segue internado no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm).
No momento do crime a proprietária do imóvel, de 84 anos, estava no quarto rezando e se preparando para dormir quando o fato ocorreu. Ela socorreu o sobrevivente, levando a vítima até o Pronto Atendimento Municipal, momento em que a polícia foi acionada.
O Instituto Geral de Perícias (IGP) esteve no local do crime logo após o fato, quando realizou o levantamento fotográfico do imóvel e das vítimas.
Depois da prisão dos dois suspeitos, que foram localizados em casa, na Rua Osvaldo Aranha, eles foram encaminhados para a Delegacia de Polícia e se negaram em falar sobre o fato. Foram realizadas buscas na residência e nenhuma arma foi localizada até o momento. Após a formalização da ocorrência, eles foram encaminhados ao Presídio de Agudo. Ambos os acusados são naturais de Cachoeira do Sul e na época do crime moravam em Restinga Sêca pouco mais de um ano.