A segunda rodada de negociação realizada no dia 24 de janeiro, na sede da Afubra, em Santa Cruz do Sul, acabou, mais uma vez, sem acordos e com sentimento de frustração por parte da Comissão de Representação dos Produtores.
Após receber oito empresas para negociação, a representação denuncia o desrespeito das fumageiras com os produtores de tabaco, pois as propostas de reajustes apresentadas não cobrem sequer o custo de produção. Outro ponto levantado pelas entidades é que as empresas descumprem as regras estabelecidas no Fórum Nacional de Integração do Tabaco – Foniagro sobre a metodologia do levantamento do custo de produção.
“É alarmante que as empresas que participaram da negociação apresentaram valor inferior ao custo de produção por elas levantado, variando de 2,1% a 2,85% os reajustes propostos. Sendo que uma não apresentou nem o custo e nem proposta de negociação. Um desrespeito com os produtores de tabaco, eles não veem a realidade do campo” afirma a Comissão de Representação.
No final do dia, a Comissão deu por encerrada a negociação para esta safra e solicitou reunião do Foniagro para o dia 5 de março, com objetivo de padronizar a metodologia do custo de produção e unificar o levantamento dos dados para serem seguidos pelas empresas e a representação dos produtores.
A Comissão de Representação dos Produtores de Tabaco que é formada pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Federações dos Sindicatos Rurais (Farsul, Faesc e Faep) e Federações dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep).
Fonte: Fetag